Os muçulmanos frequentemente me perguntam por que deixei o Islã. Curioso é que eles parecem não entender que renunciar o Islã é uma escolha oferecida a todos e que qualquer pessoa tem esse direito. Eles pensam que todo mundo que deixa o Islã é um agente ou um espião de um Estado Ocidental, chamado Estado de Israel, e que recebem somas em dinheiro dos governos de países ocidentais e seus serviços secretos. Eles realmente não acreditam que as pessoas são livres para pensar e acreditar no que é melhor para elas.
Antes que eu comece, gostaria de enfatizar que ao escrever este artigo, não quis implicar que o Cristianismo ou o Judaísmo são melhores que o Islã, e o leitor não deve se enganar pensando que eu rejeito apenas o Islã entre as religiões, pois para mim todas as religiões são lendas enganadoras do cérebro e um monte de bobagens que competem umas com as outras em termos de estupidez.
Aqui está uma lista de motivos que me levaram a apostasia:
O Islã é uma religião de tolerância?
O Islã é uma religião autoritária que não respeita as escolhas individuais da pessoa, o que é facilmente verificável pelas suas sentenças bárbaras tais como apedrejamento de adúlteros, atirar homossexuais de despenhadeiros e matar os apóstatas por ousarem expressar um ponto de vista diferente. Depois disso segue o destino dos membros de outras religiões nos países islâmicos. O Islã comanda que seus seguidores lutem contra os infiéis até que se convertam ou concordem em pagar uma taxa chamada de “Jizya” por cabeça, em total submissão. Os textos sagrados do Islã também encorajam guerras flagrantes e a conquista de novos territórios para espalhar a religião de Maomé, ao invés de usar métodos pacíficos para transmitir a mensagem, e usar um esquema argumentativo racional, coisa que o Islã – bem como as outras religiões- carece. É simplesmente um insulto aos valores humanos e uma prova de demência sem precedentes.
O Islã é a religião da igualdade?
O Islã apresentou a tribo dos coraixitas como “a escolhida” para reinar sobre a raça humana. Maomé não concedeu uma só responsabilidade social para alguém que não fosse de sua tribo. O Islã legitimou a escravidão, reforçou as classes sociais e legitimou o roubo dos bens dos infiéis, da posse das mulheres como cativas (Sabaya) durante as guerras e o abuso sexual de tais cativas (Ima’a). Também tem provocado dano às relações maritais com as leis do dote (Mahr) e do divórcio, transformando assim a relação do matrimônio em uma transação comercial.
O Islã é uma religião de justiça social?
Alguns dos princípios mais ultrajantes do Islã são a pilhagem e o roubo, bem como a exploração das pessoas pelo sistema de taxação chamado Al-Jizya. O Islã reconheceu a desigualdade social ao impor o Zakat, de acordo com o seguinte ditado: “um homem rico e grato é melhor do que um homem pobre e paciente”.
O Islã foi justo com as mulheres?
Uma mulher no Islã tem menos razão e menos fé. Ela distrai as orações, do mesmo jeito que os burros e cachorros pretos; e é considerada impura durante a menstruação. A ela deve ser dada apenas a metade da herança de um homem e seu testemunho nos tribunais de justiça vale a metade.
O Islã a coloca sob a guarda do marido e implicou que a aprovação de Deus se dá pela obediência a ele. Um homem também tem o direito de corrigir sua mulher batendo nela e/ou deixando o leito marital se ela se recusar a se submeter a suas vontades.
Ela não tem escolha quando se trata de satisfazer seus desejos sempre que ele quiser, sem levar em conta seus sentimentos e desejos. Não sou feminista e não sou daqueles que defendem as mulheres com ardor contra as inúmeras formas de injustiça que elas sofreram por séculos por causa da religião, mas eu tenho uma mãe, uma irmã e uma companheira, e eu não posso aceitar que sejam humilhadas e estigmatizadas de maneira tão horripilante. Elas são preciosas para mim e eu as amo muito para trata-las dessa maneira asquerosa e falha, e que desmascara as pretensões do Islã ser uma religião de igualdade e liberdade!
O Islã e a criatividade humana.
Todas as formas de expressões artísticas são banidas no Islã: a música, o canto, a dança, a pintura, a escultura, o teatro e também a literatura, a poesia e o uso da lógica! Se você acha difícil de acreditar, eu convido você a conferir as fontes islâmicas, bem como as frases de Maomé, para ter certeza de que eu não estou exagerando e que estou dizendo a mais absoluta verdade.
O Islã e a ciência.
O Islã é rico em alegorias, começando com o mito dos Oráculos (a palavra de Deus comunicada a Maomé via anjo Gabriel), por todo o caminho chamado de Jornada Noturna e Ascensão, quando Maomé supostamente ascendeu aos céus nas costas de um fantástico animal chamado “Burâaq”, voando na velocidade da luz, para finalizar com as mirabolantes histórias que ninguém testemunhou e que nenhuma civilização registrou em seus arquivos históricos, e nem mencionou os fatos que poderiam corroborar essas alegações.
O Islã é assim baseado em fé cega que cresce e domina a mente das pessoas onde há irracionalidade e ignorância. Se essa ideologia tinha métodos de persuasão apelando para a lógica e a razão e abordou cada aspecto da vida humana, como nós os ex-muçulmanos somos ensinados a crer desde o princípio, por que então precisa recorrer a essas histórias malucas para provar sua precisão e apoiar suas ideias? Não é essa a atitude dos mentirosos e dos impostores? Não se esqueçam da contradição flagrante entre os textos sagrados e as verdades científicas básicas, tais como dizer que a Terra é fixa e que o céu fica suspenso acima do solo sem ser sustentado por nenhuma pilastra, e que os meteoritos foram feitos com o propósito de apedrejar os demônios que espiam de cima o que os seres humanos estão fazendo.
Os milagres científicos do Alcorão.
Nós os ex-muçulmanos conhecemos todos os absurdos, as falcatruas e as burlas dos sheikhs que dizem existir milagres científicos no Alcorão, e eu acho bom perguntar por que essas pessoas fabricam uma mentira colossal depois da outra em torno da religião.
A resposta é simples: somente uma teia de mentiras é capaz de perpetuar outra mentira. O Islã não pode se segurar frente a ciência que revela seu mito e sua inegável fraqueza, tal como afirmar que a Terra é plana e que duas pessoas que mamam no seio de uma mesma mulher se tornam parentes biológicos.
Tais pessoas protegem o Islã de passar da moda e perecer desesperadamente tentando reconciliá-lo com a ciência usando o engano e a distorção. Se o Islã fosse uma religião divina e uma mensagem vinda do criador do universo, seria esse objeto de escárnio da ciência e alvo de ilimitadas críticas?
O deus islâmico
Ele é um deus beduíno, primitivo e antropomórfico, o qual tem suas características derivadas do ser humano e experimenta sentimentos de raiva, vingança, ressentimento, superioridade, etc.
A imagem do deus que foi descrita nos textos sacros islâmicos reflete bem a civilização humana, como o trono majestoso carregado pelos anjos, em que ele assentou quando terminou o processo de criação, que nos traz a mente o ritual do Honga-Bonga feito com o chefe da tribo.
Pior ainda é que algumas ações humanas tais como homossexualismo podem fazer este trono magnífico tremer. Aqui está um Hadith que chamou minha atenção: “qualquer trabalho feito pelos filhos de Adão é da conta deles, exceto o jejum, que é da minha conta e eu dou sua recompensa”.
A pergunta que me atormenta é esta: que prazer pode o todo poderoso deus achar nessas pobres pessoas que o adoram? Que benefício isso faria a ele?
O profeta do Islã e o Alcorão.
Maomé não era diferente de um bandido bárbaro que massacrava, roubava e estuprava mulheres. Há muitas provas nas Sunnas, eu convido você a fazer esse dever de casa (de ler) antes de me acusar de mentir tão somente pelo propósito de danificar a imagem do profeta do Islã. Ele era um maníaco sexual, e contornava as leis que promulgava para aquietar seu apetite voraz. Ele dividiu a humanidade e aprisionou a nação com leis retrógradas de um beduíno arcaico. Ele não fez nenhum milagre que pudesse provar sua habilidade profética; tudo que ele tinha era um livro que mostrava semelhanças com a poesia de seus contemporâneos, cheio de erros científicos e dilemas filosóficos.
Conclusão: eu provavelmente teria que escrever um livro inteiro para falar de maneira suficiente sobre as razões que me levaram a renunciar o Islã como religião, mas esses poucos itens listados são as coisas mais importantes que me intrigaram e me levaram a repensar a essência do corolário da fé que, como qualquer outra religião, é uma ideologia mitológica a serviço da política.
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Sobre o autor:
Waleed Al-Husseini é um ex-muçulmano palestino e blogueiro ateísta. Já foi preso sob a acusação de blasfêmia contra o Islã e sua prisão chamou a atenção internacional. Depois de ser torturado uma vez e passar 10 meses preso,
Waleed Al-Husseini conseguiu fugir para a França, onde pediu asilo e vive até hoje.