Existe hoje uma confusão generalizada no meio dos cristãos, a respeito do que é missão. Assim como antigamente, hoje tudo se convencionou chamar de missão. Ora se tudo é missão, nada é missão, diz Stephen Neill.
Tentar definir missão não é tarefa fácil. É claro que houve uma evolução natural do termo ao ponto de “missão” incluir tudo, porém sem se identificar com esse todo. Pôr exemplo missão não é sinônimo de evangelismo, pois se tudo que a Igreja fizer for chamado de evangelismo, então nada é realmente evangelismo.
No dizer de John Stott, “missão” significa atividade divina que emerge da própria natureza de Deus”. Foi o Deus vivo quem enviou a seu filho Jesus Cristo ao mundo, que enviou pôr sua vez os apóstolos e a Igreja. Enviou também o seu Espírito Santo à Igreja e hoje envia aos nossos corações.
Daí surge a missão da Igreja como resultado da própria missão de Deus, devendo aquela ser modelada pôr esta. Para que todos nós entendamos a natureza da missão da Igreja, precisamos entender a natureza da missão do Filho. Não podemos pensar em missão como um dos aspectos do ser Igreja, um departamento, mas como afirma o Dr. J. Andrew Kirk, “a Igreja é missionária pôr natureza ao ponto de que, se ela deixa de ser missionária, ela não tem simplesmente falhado em uma de suas tarefas, ela deixa de ser Igreja.”
Para nós entretanto, não nos resta outra opção a não ser entender a missão a luz do ministério de Jesus. O que implica em dizer que missão é ser enviado; “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio a vós” (João 20:21). Primeiramente ao mundo. Johannes Blauw, em a Natureza Missionária da Igreja, diz que “Não há outra Igreja, que não a Igreja enviada ao mundo”. Fomos enviados para que nos identifiquemos com outras pessoas, pois de fato o que Jesus fez foi se identificar conosco assumindo nossos pecados, experimentando nossa fraqueza, sendo tentado e morrendo a nossa morte. Somos enviados pôr Cristo para encarnar as necessidades das pessoas, necessidades espirituais e materiais num mundo cada vez mais hostil.
Em segundo lugar, se compreendermos a missão de Jesus corretamente, vamos descobrir que ele veio ao mundo também com a missão de servir. Charles Van Engen ao citar Dietrich Bonhoeffer diz, “a Igreja existe para a humanidade no sentido de ser o corpo espiritual de Cristo e – a semelhança de Jesus – é enviada como serva”. Marcos 10:45 diz que “o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. A nossa missão como a dele deve ser uma missão de serviço.
Quero concluir com um outro texto de John Stott dizendo que: “Missão, antes de tudo, significa tudo aquilo que a Igreja é enviada ao mundo para fazer.” Sendo que na sua caminhada ela deve mostrar a vocação da sua missão que é ser enviada ao mundo para ser Sal da Terra e enviada ao mundo para que lhe sirva de Luz do mundo.
quarta-feira, outubro 28
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"NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM. Êxodo 20:2
Pois os costumes dos povos são vaidade. O ídolo é apenas um madeiro que se corta do bosque, obra das mãos do artífice que o trabalhou com o machado.
Enfeitam-no com prata e com ouro; com pregos e a marteladas o firmam, para que não se abale.
São como o espantalho num pepinal, e não falam; necessitam de serem carregados porque não podem dar passo. Não tenhais medo deles; porque não podem fazer o mal, nem está neles o fazer o bem.
Jeremias 10:3-5
Enfeitam-no com prata e com ouro; com pregos e a marteladas o firmam, para que não se abale.
São como o espantalho num pepinal, e não falam; necessitam de serem carregados porque não podem dar passo. Não tenhais medo deles; porque não podem fazer o mal, nem está neles o fazer o bem.
Jeremias 10:3-5
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