Seu nome era Oswald Smith(1889-1986), pastor da Igreja do Povo, em Toronto, Canadá. Homem que sustentou centenas de missionários e chegou a enviar mais missionários para o mundo do que qualquer outra igreja de sua época. Suas iniciativas para influenciar o mundo foram tão grandes que milhares de pessoas o chamavam de "Sr. Missões".
Seu testemunho...
Ao iniciar o meu pastorado na Igreja do Povo, faz muitos anos, falaram-me de tudo, menos de uma coisa, e, num certo domingo de manhã, ao ter de pregar o meu primeiro sermão, o tesoureiro aproximou-se de mim tendo um expressão sombria no rosto.
- Dr Smith, disse ele, já lhe dissemos tudo a respeito desta igreja, exceto uma coisa. Fez uma pausa e em seguida falou: Esta igreja tem uma dívida grande. Devemos uma soma considerável e não temos recursos na tesouraria, Olhou para mim como que esperando que eu pusesse a mão no bolso, tirasse o dinheiro e lhe desse, mandando que tratasse de pagar logo as contas.
Em vez disso, voltei-me e fui para o púlpito, orando enquanto para lá me dirigia. "Senhor", disse em minha súplica, "Há muito que tenho esperado para ver se certa passagem na Tua Palavra é verdadeira". Quis dizer verdadeira, sob o ponto de vista prático. Referiam-me ao verso: "Buscai primeiramente reino de Deus (o progresso mundial do reino de Deus) e todas as outras coisas vos serão acrescentadas". Preguei então um sermão sobre a obra missionária.
Chegou a noite daquele domingo. Era o meu primeiro domingo naquela igreja e eu devia ter trazido uma mensagem evangelística, mas, de novo, eu me senti inspirado a tornar a falar sobre missões. Pedi então ao povo que voltasse todas as noites daquela semana. Ele veio e, segunda-feira, tornei a tratar de missões. Na terça-feira receberam nova dose de missões. Na quarta-feira e quinta-feira respectivamente falei sobre missões. Na sexta-feira o povo afluiu em maior número, talvez mais por curiosidade do que por outro motivo, e recebeu nova dose de ensinamentos sobre missões.
Então supus que cruzariam os braços e diriam uns para os outros. "Não podemos entender este nosso pastor. O segundo domingo está se aproximando. Talvez seja nessa ocasião que ele de fato comece a pregar".
Chegou o segundo domingo. Lembro-me como se fosse ontem. "Hoje vamos ter três cultos", disse eu, "e tirar três coletas para a obra missionária: uma agora de manhã, outra à tarde e a última à noite". Alguns pareciam fixar o olhar em mim, cheios de espanto, mas eu tinha iniciado meu trabalho, assistido por um missionário, na tentativa de organizar uma convenção missionária, e estava disposto a levar o plano até o fim. Falei naquela manhã sobre missões e tirei uma coleta para o trabalho missionário. Fiz a mesma coisa à tarde e à noite. Ali estava eu, quase sem dizer uma palavra sobre o trabalho local, arranjando todo o dinheiro que pudesse daquela gente, para missões estrangeiras. Mas, vejamos agora o que se seguiu.
Ficaram tão interessados, tão inspirados, tão despertados que começaram a chegar em número cada vez maior. As almas se salvaram em em pouco tempo todos os lugares estavam ocupados.
Dentro de pouco tempo também tivemos a visão e todos principiaram a dar, dar como nunca tinham dado antes. E assim, dentro de algumas semanas, sem que precisasse dizer uma palavra a respeito das obrigações locais, todas as dívidas foram pagas, todas as contas satisfeitas e desde aqueles dias até hoje não sabemos o que significa a palavra "dívida" em relação ao nosso trabalho local. Descobrimos que, quando colocamos as primeiras coisas em primeiro lugar, Deus opera.
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