Raniere Menezes
Quase todos os folhetos evangelísticos de hoje, de uma forma ou de outra, sempre convida o Senhor Jesus para entrar em seu coração. Esse é o padrão que chamamos de arminianismo: “você já convidou Jesus para entrar em seu coração? Se não, faça essa oração com sinceridade agora: blá, blá, blá...”
Em confronto direto com a Confissão de Westminster declara na seção III do capítulo IX: O homem, caindo em um estado de pecado, perdeu totalmente todo o poder de vontade quanto a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação, de sorte que um homem natural, inteiramente adverso a esse bem e morto no pecado, é incapaz de, pelo seu pr6prio poder, converter-se ou mesmo preparar-se para isso. Ref. Rom. 5:6 e 8:7-8; João 15:5; Rom. 3:9-10, 12, 23; Ef.2:1, 5; Col. 2:13; João 6:44, 65; I Cor. 2:14; Tito 3:3-5.
Podemos ainda perguntar aos que não acreditam que a natureza humana está escravizada pelo pecado: como pode um herdeiro de Adão que nasce em pecado (depravação herdada), que nasce espiritualmente morto, inimigo de Deus (João 5.40), cego, surdo para as coisas do Espírito Santo, com a mente em trevas (obscurecida pelo pecado) e ainda com o coração corrupto, desesperadamente corrupto, convidar Jesus para entrar em seu coração? Como, nessas condições de incapacidade poderá amar a Deus e compreender as coisas espirituais? Isto é absolutamente impossível!
“Mas, e Apocalipse 3.20 e João 1.12”? – alguém poderia questionar? Bom, vejamos, o primeiro texto a ênfase não está em “abrir a porta” usando o livre-arbítrio, como os arminianos querem, mas em “ouvir a voz”. Aqui, João nos esclarece: Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. (João 18.37b), e ainda João 10.3-27 (confira!), em destaque o verso 27: As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. – Além do mais o contexto de apocalipse está se referindo a um chamado ao arrependimento de crentes desviados da igreja de Laodicéia, não um apelo à moda Billy Granhan.
E sobre João 1.12 parte a?: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus. – Se olharmos para o versículo anterior: Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. (v.11), iremos perceber que grande parte do povo judeu não creu que Jesus era o Deus Criador. Esse é o contexto desde o verso 1: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. (vv.1-3). E o v.10 não deixa dúvida: O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. Cristo é o Deus Criador! Mas muitos judeus não creram!
Voltemos, finalmente ao verso 12 em questão: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome. – Olhe agora para a parte b: aos que crêem no seu nome. A ênfase está aí! A ênfase está em “CRER”, e eles não creram. Mas porque não creram? João não pode entrar em contradição, veja João 12.37-40 e tenha a resposta bíblica: E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele, para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda: Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados. – Enfim, abra o seu coração para Cristo, se puder!
Extraido Fonte:http://www.monergismo.com/textos/
livre_arbitrio/coracao_raniere.htm
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