Brasileira escapa de afogamento nas Filipinas por buraco de ar-condicionado
Ela conta que foi caminhando os três quilômetros desde a casa destruída até o aeroporto. "Não consegui salvar nada, só os documentos. Perdi tudo", disse.
Destruição por tudo
Pelo caminho, Lídia viu muitos corpos e animais mortos. "O cheiro era insuportável, não há nada em Tacloban. É destruição para onde quer que se olhe", descreveu. "Não tem nada lá, é só morte".
Ela aguardou no aeroporto dia e noite pela remoção. "Eles nos davam água lá, mas faltava comida. Tinha alguns biscoitos, mas era tudo muito escasso".
Histórias: Família de sobrevivente brasileiro descreve desespero após tufão
Violência: Saques refletem desespero de cidade filipina atingida por tufão
Lídia só consegui sair de Tacloban na noite de
quinta-feira, cinco dias após o tufão atingir o país.
Na quinta, ela foi levada em um avião das forças
americanas até a base aérea de Villamor, em Pasay
City, na região da capital, Manila.
"Era um avião desses de carga militar, viajamos
todos sentados no chão, agarrados às redes.
Éramos umas 270 pessoas, sentadas apertadinhas".
US$ 301 milhões: ONU lança apelo por ajuda após tufão nas Filipinas
Riscos: Fome e sede ameaçam sobreviventes de tufão nas Filipinas
Por
Brasil
|
Casa de missionária carioca em Tacloban teve paredes derrubadas e inundação com forte tempestade
A missionária brasileira Lídia Caetano de Souza, 63
anos, contou à BBC Brasil como escapou por pouco da morte em Tacoblan,
cidade nas Filipinas que foi devastada pelo tufão Haiyan no fim de semana.
A
casa onde ela estava foi inundada e desabou parcialmente com a força da
tempestade, e a chuva inundou a construção térrea onde ela morava. O
nível da água chegou a sete metros e a força da correnteza fez algumas
paredes desabarem.
"Quando a água começou a subir, escapamos pelo
buraco do ar condicionado. Amarramos cortinas e lençóis para improvisar
uma corda e com ela atravessamos a correnteza do quintal até a
construção vizinha, que era de dois andares", realatou. "Conseguimos
ajudar quatro pessoas a atravessar, mas uma delas se afogou e acabou
morrendo. Ficamos abrigados lá no alto até a água baixar."Ela conta que foi caminhando os três quilômetros desde a casa destruída até o aeroporto. "Não consegui salvar nada, só os documentos. Perdi tudo", disse.
Destruição por tudo
Pelo caminho, Lídia viu muitos corpos e animais mortos. "O cheiro era insuportável, não há nada em Tacloban. É destruição para onde quer que se olhe", descreveu. "Não tem nada lá, é só morte".
Ela aguardou no aeroporto dia e noite pela remoção. "Eles nos davam água lá, mas faltava comida. Tinha alguns biscoitos, mas era tudo muito escasso".
Histórias: Família de sobrevivente brasileiro descreve desespero após tufão
Violência: Saques refletem desespero de cidade filipina atingida por tufão
Lídia só consegui sair de Tacloban na noite de
quinta-feira, cinco dias após o tufão atingir o país.
Na quinta, ela foi levada em um avião das forças
americanas até a base aérea de Villamor, em Pasay
City, na região da capital, Manila.
"Era um avião desses de carga militar, viajamos
todos sentados no chão, agarrados às redes.
Éramos umas 270 pessoas, sentadas apertadinhas".
US$ 301 milhões: ONU lança apelo por ajuda após tufão nas Filipinas
Riscos: Fome e sede ameaçam sobreviventes de tufão nas Filipinas
Na
capital, Lídia foi acolhida por amigos
e conseguiu tomar banho e comer uma
refeição quente pela primeira vez desde
a tragédia.
e conseguiu tomar banho e comer uma
refeição quente pela primeira vez desde
a tragédia.
Residentes se amontoam para receber
tratamento e suprimentos no aeroporto
de Tacloban, Filipinas (11/11). Foto: AP
tratamento e suprimentos no aeroporto
de Tacloban, Filipinas (11/11). Foto: AP
Missionária
há 20, dos quais 14 passados
nas Filipinas, a religiosa trabalha para a igreja
Assembleia de Deus do Rio de Janeiro. Solteira
e sem filhos, os amigos filipinos eram sua família
no país. "Mas eu não tenho notícia deles, não sei
como estão, nem se sobreviveram", lamentou.
"A gente só morre com hora e dia determinado.
Não adianta, se ainda não é a nossa vez,
Deus salva. Olha eu aqui."A missionária
agora pretende voltar ao Brasil com a
ajuda da embaixada. Ela contou que vai passar
o Natal e Ano Novo no Brasil, e voltar para a
Ásia em janeiro. No entanto, não voltará às
Filipinas, mas sim para uma nova missão
no Camboja.
nas Filipinas, a religiosa trabalha para a igreja
Assembleia de Deus do Rio de Janeiro. Solteira
e sem filhos, os amigos filipinos eram sua família
no país. "Mas eu não tenho notícia deles, não sei
como estão, nem se sobreviveram", lamentou.
"A gente só morre com hora e dia determinado.
Não adianta, se ainda não é a nossa vez,
Deus salva. Olha eu aqui."A missionária
agora pretende voltar ao Brasil com a
ajuda da embaixada. Ela contou que vai passar
o Natal e Ano Novo no Brasil, e voltar para a
Ásia em janeiro. No entanto, não voltará às
Filipinas, mas sim para uma nova missão
no Camboja.
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