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terça-feira, janeiro 24

HERÓIS DO SÉCULO VINTE E UM...


Missionária deixou Brasil
para ajudar países pobres
SOLIDARIEDADE — Após “chamado de Deus”, como diz, são-pedrense resolveu ser missionária e passou pela Inglaterra, Kosovo e está na Albânia desde 1991



Najua Diba coleciona fotos no computador das famílias que ajudou e dos países que conheceu nas missões
Najua Diba, 63, deixou a escola em que lecionava e a casa em São Pedro do Turvo em 1985 para ser missionária. Ela ficou dois anos na Inglaterra, mais quatro em Kosovo e, em 1991, foi para a Albânia, onde trabalha até hoje. A missionária ajudou refugiados de guerra, cooperou em reconciliações de famílias, viu mortes e pessoas inválidas por conta dos conflitos na região. De férias no Brasil, ela aproveita para matar a saudade da família a cada dois anos.
A são-pedrense é missionária da Igreja Presbiteriana Independente de Londrina. Najua diz que “procurava Deus” quando sentiu Sua presença e foi levada por uma amiga a uma igreja evangélica. “Naquele momento, minha vida foi transformada. Perguntei ao Senhor o que Ele queria que eu fizesse. Ele disse que eu seria missionária”.
Najua se preparou durante oito anos até sua primeira missão. Ela garante que Deus lhe indicou a Albânia. “Naquela época era impossível ir para aquele país. Além disso, eu era professora e não tinha dinheiro. Mas Deus foi abrindo todos os caminhos para eu chegar na Albânia. Falei para os pastores que tinha esse chamado e foi dando tudo certo”, diz.
Sua primeira viagem como missionária foi em janeiro de 1985 para a Inglaterra, onde ficou dois anos. Najua passou mais quatro anos em Kosovo e partiu definitivamente para a Albânia em 1991. Ela só voltou ao Brasil em 1992, sete anos depois de deixar a família. Depois, passou a visitar o País a cada três anos e, mais recentemente, a cada dois anos.
Najua afirmou que, para o brasileiro, a vida na Inglaterra é mais difícil que nos países bálcãs. “É uma grande diferença de cultura, além do frio e da geografia. O clima influencia as pessoas, mas o povo é muito querido quando se tem convivência. Quando se faz amizade, ela dura. Fiz amizades há 25 anos e ainda tenho contanto com estes ingleses”, pondera.
Kosovo — Najua estava em Kosovo quando o governo Milosevic (presidente da Sérvia de 1989 a 1997 e da República Federal da Iugoslávia de 1997 a 2000) enviava tropas sérvias para Kosovo com o objetivo de afastar os albaneses. “O que a maior parte das pessoas não sabe é que os albaneses de Kosovo são de lá, não da Albânia. Antigamente tudo aquilo era Albânia. Isso provocou uma briga, pois eles não queriam ficar sob o governo dos sérvios”, explica.


Najua junto da família Gjevalin que ajudou em “reconciliação de sangue”
Najua conta que na época do governo de Josip Broz Tito, até 1981, a Iugoslávia era formada por seis repúblicas. Na da sérvia, eram duas ou três províncias principais, entre elas Kosovo. “Quando Tito morreu, a situação mudou muito. Milosevic passou a ser o principal governante e as outras repúblicas começaram a querer se separar. Primeiro foi a luta na Bósnia e depois, a de Kosovo”, relata.
Quando esteve no país, Najua presenciou manifestações de estudantes e do povo na rua. “O governo mandava tanques de guerra cercar a cidade e aviões passavam em cima da cidade de manhã, à tarde e à noite para pressionar o povo. Sempre se ouviam tiros e muitos estudantes foram mortos”, conta.
A missionária estudava albanês na época e lembra que os sérvios não gostavam. “Mas nunca fizeram nada contra mim. Sempre tive amizade com todo mundo, tanto com os albaneses quanto os servos. Tem muita notícia errada nos jornais, pois o povo, de um modo geral, é amigo e ajuda um ao outro”.
Reconciliação — A missionária conta que o que mais lhe marcou em Kosovo foram as reconciliações de famílias. “Entre eles existia muita vingança de sangue. Matava-se um da família do outro por gerações e a vingança nunca acabava. Então, ajudamos a fazer a reconciliação de sangue. Perdoar o sangue que está entre as tribos e entre as famílias. Foi uma coisa muito emocionante”, revela.
Ela conta que os estudantes, com a ajuda de professores, iniciaram a reconciliação entre famílias. Primeiro eles visitavam uma família e, depois, conversavam com a outra. Diziam que, pelo bem da nação e futuro dos jovens, eles deveriam se reconciliar para não existir mais vingança de sangue.
Num determinado dia, todos os albaneses daquela região se juntavam em um campo, com um palanque montado com alto-falante. As famílias que tinham problemas iam até o palanque e uma falava para a outra “em nome da nação e dos jovens, eu perdôo o sangue do meu parente”.
“Isso foi feito em todo território, porque sabiam que vinha a guerra. Se tivessem problemas uns com os outros, estariam enfraquecidos. Eles tinham que estar unidos para lutar e a saída era essa reconciliação, que durou entre dois e três anos. Não era fácil, pois significava uma corrente de morte de séculos para ser interrompida”, revela.
Na época do conflito de Kosovo, 1999, Najua já estava na Albânia e chegou a acolher refugiados em sua casa.



EXTRAIDO http://www2.uol.com.br/debate/1556/cadd/cadd.htm

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Pois os costumes dos povos são vaidade. O ídolo é apenas um madeiro que se corta do bosque, obra das mãos do artífice que o trabalhou com o machado.
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