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quinta-feira, outubro 9

QUANTO PESA UMA ORAÇÃO

Quanto pesa uma oração?
O único homem de quem já ouvi falar que procurasse pesar uma oração, continua até hoje sem saber quanto pesa.

Houve um tempo quando ele pensou que sabia , foi quando ele tinha um pequeno armazém num bairro da cidade. Faltava uma semana para o Natal, depois da primeira grande guerra. Uma mulher de aspecto de cansada, entrou no armazém e pediu gêneros suficientes para fazer um jantar de natal para seus filhos. O dono perguntou quanto ela podia gastar.
Respondeu ela: "Meu marido não voltou. Não tenho nada para oferecer a não ser uma pequena oração".
Esse homem confessa que naquele tempo ele não era muito sentimentalista. Uma mercearia não podia funcionar como uma fila de pão.
Então ele disse:"Escreva sua oração no papel", e foi tratando de seu serviço.
Para surpresa do merceeiro, a mulher tirou do seio um pedaço de papel e lhe entregou.
O dono do armazém tomou o papel antes de poder refazer-se da surpresa, logo se arrependeu, pois que podia fazer com ele? E que podia dizer?
De repente teve uma idéia. Sem ler a oração, colocou o papel no prato dos pesos"Vamos ver quanto vale em, gêneros".
Para espanto seu, quando pôs um pão de forma do outro lado, a balança não abaixou. Para sua confusão e embaraço, não abaixava embora ele continuasse colocando gêneros, tudo que lhe vinha à mão, pois outras freguesas estavm olhando. Procurou mostrar-se mal humorado, mas não se estava arranjando nada bem. O rosto foi ficando vermelho, e ele ficava nervoso com o caso.
Por fim disse:"Bem, o prato não cabe mais nada. Aqui uma sacola: só a senhora arrumando: eu estou muito ocupado".
Com um suspiro e leve soluço, ela tomou a sacola e começou a enfiar os gêneros, enxugando os olhos na manga do vestido cada vez que o braço ficava livre para poder fazê-lo. O dono da loja fez o possível para não olhar, mas não pôde deixar de observar que tinha dado uma sacola meio grande e que não ficou bem cheia. Então empurrou um bom queijo pelo balcão afora para onde estava a mulher, mas não disse nada, nem viu o tímido sorriso de grata compreensão que brilhou em seus olhos úmidos com essa denúncia do aspecto exterior emburrado do merceeiro.
Depois que a mulher saiu, ele foi examinar a balança, coçando a cabeça e sacudindo-a intrigado. Então descobriu a solução: a balança estava quebrada.
Mas com o passar dos anos ele meditou muitas vezes no caso e ficava imaginando se era realmente essa a explicação. Por que a mulher tinha a oração já escrita para satisfazer sua exigência inesperada: Porque ela entrou na hora exata em que a balança tinha quebrado? Que foi que o confundiu de modo que não se lembrou de verificar na hora, mas foi pondo gêneros e mais gêneros, só com um pedaço de papel no prato dos pesos? Tinha-se sentido embaraçado e mal sabia o que fazia.
Bem, a fé é uma cousa engraçada mesmo. E a oração é uma coisa engraçada. E os milagres, afinal de contas, podem ser mistérios, uma vez que a intuição da fé escolhe a hora exata, quando a balança está quebrada. Pois a fé poderia transportar até mesmo montanhas, se nós escolhêssemos a hora antes do terremoto para orar para tirá-las do caminho!
Aquele dono de armazém está velho agora. Tem a cabeça branca, mas ainda costuma coçá-la no mesmo lugarzinho e sacudi-la para um lado e para o outro com a mesma expressão de intrigado. Nunca mais viu aquela mulher. E por falar nisso, antes também nunca a tinha visto. Mas durante o resto da vida ele se lembrava dela, melhor do que de qualquer outra mulher no mundo e nela pensava com maior frequência.
Um cousa ele sabia: que não foi sonho nem imaginação, pois ele guardava ainda a tira de pael em que estava escrita a oração daquela mulher: "Por favor, Senhor, dá-nos hoje o pão nosso de cada dia".
José Sadony
Mensagem da Cruz - Jan Fev de 1966

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"NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM. Êxodo 20:2

Pois os costumes dos povos são vaidade. O ídolo é apenas um madeiro que se corta do bosque, obra das mãos do artífice que o trabalhou com o machado.
Enfeitam-no com prata e com ouro; com pregos e a marteladas o firmam, para que não se abale.
São como o espantalho num pepinal, e não falam; necessitam de serem carregados porque não podem dar passo. Não tenhais medo deles; porque não podem fazer o mal, nem está neles o fazer o bem.
Jeremias 10:3-5

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