Ateísmo
“Diz o insensato em seu coração: não há Deus” (Salmo 14.1)
A não crença em Deus é tão antiga quanto a humanidade, embora só mais modernamente ela passou a ter capa de intelectualidade e a incorporar o ideário de alguns cientistas e pensadores. As estatísticas no mundo mostram que os ateus são uma parcela muito pequena da população mundial. No Brasil, conforme censo do IBGE, representam menos de 7% da população.
Mesmo sendo poucos, os ateus sempre fizeram um grande alarde de sua (des) crença. Mais recentemente, o cientista Richard Dawkins ganhou mídia internacional com o lançamento do livro Deus: Um Delírio, que chegou ao Brasil e durante algumas semanas se manteve entre os mais lidos da lista da revista Veja. Penso que a popularidade da obra se deve mais à curiosidade das pessoas em ver os argumentos dos ateus contra a existência de Deus do que propriamente de encontrar ali a solução para dilemas existenciais.
Dawkins, doutor pela Universidade de Cambridge, não decepciona os curiosos, mas frustra os que esperavam novos argumentos sólidos contra a existência de Deus. Os que existem no livro são os velhos e desgastados argumentos ateístas recauchutados com linguagem ofensiva e ácida contra os que crêem em Deus. Em resumo, Dawkins argumenta que a ciência já refutou Deus, que a religião é má e que tem origem num “vírus da mente”.
O problema com esses argumentos é que não resistem a uma análise da realidade, ainda que simples. Primeiro, se a ciência já refutou Deus, por que ainda tantos cientistas acreditam em Deus, cientistas do mesmo calibre de Dawkins? Segundo, culpar a religião pelos males do mundo, como genocídios, e dizer que ateus são bons, é fugir dos fatos. Os regimes ateístas mataram muito mais pessoas que as guerras em nome da religião. Terceiro, não existe qualquer comprovação científica para a existência de um “vírus da mente” que fabrique Deus na cabeça das pessoas, inclusive dos cientistas.
Ateus como Dawkins têm sido consistentemente respondidos por cientistas, filósofos e pensadores, como Alister McGrath, por exemplo, cuja livro O delírio de Dawkins é uma resposta contundente ao famoso ateu.
Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes LopesChanceler da UPMComo já disse em outras vezes, o ateismo quer promover a não crença em Deus, mais por vaidade e rebelião propriamente dita, do que simplesmente por motivo de consciência intelectual. O homem por natureza, já nasce com o DNA estragado pelo pecado. Seu desejo íntimo é de se rebelar contra tudo que promova o pensamento de um Deus dominante. NBB
Nenhum comentário:
Postar um comentário