Hab 3:1,2 “Aviva a tua obra Ät 3:19-21 tempos de refrigério Dn11:32 Forte e ativo
CAUSAS DO AVIVAMENTO Contrário Jer 19:15
1 – SEDE DE OUVIR A PALAVRA DE DEUS hist. Avivamento Jr 15;16
2 – TEMOR SANTO AO SENHOR “tira as sandálias” Js 5;13-15
3 – CONFISSÃO DE PECADOS – Finney ( até no meio da rua)
At 2:37,38 At 19:18-20
4 – QUEBRANTAMENTO – sensibilidade espiritual I Sm 24:4,5
5 – DESEJO DE FAZER ACERTO “Põe a tua casa em ordem
Ëx Is 38:1-3; Rei Ezequias Lc 19:8,9 Zaqueu
CONSEQÜÊNCIAS DO VERDADEIRO AVIVAMENTO:
1 – FERVOR NAS ORAÇÕES Livro de Atos At 4:29-314 At 12:5 cadeia
2- VERDADEIRAS CONVERSÕES At 19:20 Éfeso II Co 5;17 João 2:43; 47,49 Mt 9:9 Nt 27:54
3 – AMOR ENTRE OS IRMÃOS “Amai-vos ardentemente O Pe 4:7,8
4 – PREOCUPAÇÃO COM AS ALMAS PERDIDAS At 8 Filipe verso 26;29 Jesus Lc 8:26-33 End gadareno
5 – SANTIFICAÇÃO ENTRE O POVO Josué 3:5
6 – CRESCIMENTO NUMÉRICO DA IGREJA At 2:47 3 mil- 5 mil – 15 mil
7 – DESEJOS DOS IRMÃOS DE ESTAREM JUNTOS At 4:23
Atos “Uma vez soltos procuraram os irmãos...”
Ilustrações:
Suzana Wesley mão de John e Carlos Wesley a viajar pelo mundo! “Se nunca mais os visse sabendo que estão no reino de Deus, estaria satisfeita”
Finney –
Finney viveu entre 1792 e 1875. Calcula-se que durante os anos de 1857 e 1858, mais de 100 mil pessoas foram ganhas para Cristo pela obra direta e indireta de Finney. Um dia ele entrou em uma fábrica de tecido, perto da aldeia de New York Mills e, ao passar perto de duas moças que estavam emendando o fio, uma delas foi tomada pelo Espírito Santo e caiu no chão em lágrimas. Segundos depois, quase todos tinham lágrimas nos olhos e, minutos depois, o avivamento encheu todas as dependências da fábrica.
Moravianos
Europa – Na idade média e após, iam aos portos, se ofereciam como escravos para irem à bordo para outros países falar do amor de Deus (apoio em oração Conde Zinzerdorff - Alemanha – 200 anos de oração ininterrupta
Moody – não dormia sem falar pelo menos para uma pessoa de Jesus!!!
ILUSTRAÇÃO
Imitação
Em seu artigo "Avivamento: Imitação ou Realidade —
Tratando de Reviver o que Fui", publicado na revista
Obreiro, ano 20, n° 4, Gisela Yohannan diz que
visitou um museu com centenas de figuras de cera
recriando presidentes famosos, líderes mundiais,
generais, pioneiros, criminosos, artistas, cantores,
cientistas, astronautas e campeões desportivos.
De tamanho normal, as figuras eram perfeitas,
e mantinham até a cor de cabelo e vestes.
Muitas possuíam movimentos mecânicos que
lhes permitiam girar a cabeça e até realizar
alguma atividade com suas mãos.
Gisela afirma que as figuras "pareciam tão reais
que algumas pessoas inconscientemente davam um
passo para trás no momento de 'conhecê-los'.
Foram recriados assim cenas históricas, uma batalha,
um debate, um assassinato, a assinatura de um contrato,
etc. Em muitas destas cenas com somente o apertar
de um botão podia-se acionar o movimento.
Ouviam-se vozes e efeitos especiais que faziam que todos
parecessem ainda mais 'reais'".
Os visitantes desse museu podem apertar os botões
para criar movimentos e vozes, e fazer um general,
por exemplo, repetir uma ordem várias vezes, deixando
cair a naturalidade da cena histórica que o museu se propõe
a mostrar. Aqueles bonecos não têm vida própria, mas
só se movimentam por meio de efeitos especiais.
(Gisela Yohannan é autora de vários livros. Com o esposo,
K.P. Yohannan, serve ao Senhor na índia. Extraído
da Gospel for Ásia, Kerula, Índia. Transcrito da Apuntes Pastorales)
Estes são manchas em vossas festas de caridade, banqueteando-se
convosco e apascentando-se a si mesmos sem temor;
são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma
para outra parte; são como árvores murchas,
infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas (Jd 12).
Alguém de certo estranhará o título
desta mensagem. Mas foi isto
exatamente o que aconteceu
numa pequena vila da Saxônia,
na Alemanha, chamada "Hernnhut",
que significa "A Vigilia do Senhor".
O nome foi dado por um grupo de
crentes que ali formaram uma colônia
de refugiados em virtude de perseguição
em sua terra, a Morávia, Checoslováquia,
também chamada Boêmia.
Eram remanescentes de um
avivamento liderado por João Huss,
padre católico que se influenciou com
as doutrinas de João Wycliff, da Inglaterra;
as quais enfatizavam a autoridade das
Escrituras. João Huss começou a
traduzir tais obras, mas teve de fugir
da capital, Praga. Depois, apesar
do salvo conduto do Imperador
Sigismundo, compareceu ao
Concilio de Constança para responder
por suas supostas heresias. Foi aprisionado.
Chamado a renunciar suas crenças,
recusou categoricamente. Condenado
à morte, foi queimado vivo na fogueira,
em praça pública, no ano de 1415.
Desapareceu o líder, mas o movimento
continuou apesar das muitas
perseguições que obrigaram os fiéis a
procurarem refúgio onde pudessem.
Foi assim que, 300 anos depois, um grupo
deles apareceu nas terras de um jovem de
22 anos de idade, o conde Zinzendorf,
fervoroso crente em Jesus, que os acolheu.
Entre os crentes havia luteranos, batistas
e também da Igreja Reformada. O jovem conde deu prova de um verdadeiro herói espiritual.
O Avivamento em Hernnhut - Desde
a idade de 16 anos, o conde se distinguira
como universitário e na formação de
locais de oração, tática esta que aplicou
em Hernnhut. No dia 12 de maio de 1727
foi celebrado solenemente o famoso
“Pacto Fraternal", com inteira dedicação
ao Senhor e ao estudo assíduo da Bíblia.
Pequenos grupos se reuniam diariamente
para a oração. O resultado foi um grande
avivamento quando o espírito de
intercessão tomou conta de todos os
presentes. Até as crianças foram
envolvidas no extraordinário movimento
espiritual que sacudia a vila de Hernnhut.
Oravam até altas horas da noite.
No dia 27 de agosto, firmados na
lembrança do fogo do altar do Tabernáculo
24 irmãos e 24 irmãs iniciaram a famosa
vigília horária, dia e noite, semana após semana,
que durou mais de cem anos, sem parar.
Parece que em toda a história do
Cristianismo nunca houve coisa igual.
Assim, distante de qualquer orientação
carnal, foram verdadeiramente inspirados
pelo Espírito Santo, e tudo prosseguia
sobre os moldes dos genuínos avivamentos,
como no Dia de Pentecostes, na Igreja
Primitiva, onde até a casa em que
estavam reunidos tremeu (At 4.31).
Hoje falamos muito em avivamentos.
Queremos a evangelização do mundo.
Há muitas organizações que a isto se
dedicam. Porém a maneira mais certa
para a evangelização do mundo é
a descoberta do poder da oração e da intercessão.
Os Resultados do Avivamento -
A dissensão tornou-se desconhecida
entre os crentes. Zinzendorf escreveu que
“todo o lugar tomou
o aspecto da visível habitação de Deus”.
E a oração constante era mantida, dia e
noite, a favor de um avivamento em todo
o mundo, era uma chama que ardia até
na alma das crianças. Todos do grupo
eram bem jovens. Dentro de seis
meses de vigília foram impulsionados
a enviar missionários para as Ilhas do
Mar das Antilhas, Groenlândia,
Turquia e Lapônia. Surgiram as dúvidas,
mas Zinzendorf insistiu. Vinte e
seis morávios ofereceram-se como
voluntários para a evangelização do mundo.
As proezas da fé e a coragem constituíram
os monumentos mais auspiciosos na história
da Igreja. Nada pôde, pois, segurar Zinzendorf
e seu grupo de intrépidos soldados de Cristo.
Prisões, naufrágios, perseguições, zombarias,
epidemias, pobreza e ameaças de morte
não os puderam deter.
Os primeiros missionários chegaram às
Antilhas em 1732, e, no decorrer dos
dois anos seguintes, 22 desses morávios
morreram. Outros vieram substituí-los.
Um dos primeiros foi Frederich Martin.
Ele e os companheiros foram presos por
pregarem aos negros, permanecendo
encarcerados por três meses. Mas uma
atitude exemplar os distinguiu quando se
deram intensamente à intercessão, como
Paulo e Silas na prisão em Filipos. E um
número de 700 convertidos reuniu-se o
mais perto possível da prisão para cantar
hinos e ouvir sermões inspirados dos dois
denodados pastores. E surgiu um glorioso
avivamento. Foi quando, inesperadamente,
chegou o conde Zinzendorf a bordo de
um veleiro, na sua primeira viagem missionária,
acompanhado de dois casais que vinham
reforçar o número de obreiros. Ao aproximar-se
da Ilha, disse o conde aos novos missionários:
“E se não encontrarmos ninguém? Se todos os missionários tiverem sido assassinados?”. A resposta logo
se fez seguir por parte de um dos missionários:
“Mas então nós estamos aqui!” Esta disposição muito impressinou Zinzendorf,
que exclamou: “Geens aeterna diese Maehren!”
(“Essa raça eterna, esses morávios”!). O conde
conseguiu a libertação dos dois pastores,
que estavam doentes e padecendo fome.
E foi grande a surpresa no tocante à
obra do Senhor, que se tornou maior q
ue em Hernnhut. Deus continuava a levantar
obreiros, cada vez mais, à medida que os
morávios na pequena ilha intercediam
diante de Seu trono, sem parar, dia e noite, década após década, durante 100 anos. No ano de 1792,
William Carey (considerado o “Pai das Missões”)
propõe uma reunião em Kettering, Inglaterra,
uma missão para ir à Índia. Nesta época,
quando os morávios já haviam enviado
300 missionários, Carey lançou sobre a mesa
um exemplar de um periódico contendo as
“aventuras” dos morávios, dizendo: “Olhem aqui, vejam os que os morávios já fizeram! Por que não podemos
seguir o seu exemplo, e, em obediência a
nosso Mestre celestial, sair por todo o
mundo e pregar o Evangelho aos pagãos?”.
Os historiadores da Igreja relatam as
maravilhas do avivamento do século XVII como
o “Grande Despertar” espiritual na América
do Norte e na Inglaterra conduzindo dezenas de milhares para Cristo. Uma das figuras principais neste avivamento
foi João Wesley, fundador da Igreja Metodista.
Mas nem todos sabem que foram os modestos
morávios que o ganharam para Cristo.
É oportuno lembrar que foi no ano de 1736 quando
dois irmãos anglicanos João e Carlos Wesley
se encontravam a bordo de um navio a
caminho da América e surgiu um terrível
furacão ameaçando suas vidas.
Eram pastores, mas não convertidos.
Apavorados, procuraram alguns morávios
que também viajavam com eles. E a calma
destes e o espírito de confiança em Deus no meio da tormenta
muito impressionaram os dois pastores, os quais não tinham paz na alma.
Pregavam para outros, mas eles mesmos
precisavam da certeza da justificação
pelo sangue de Cristo. Contudo, somente
dois anos depois, em 1738, numa reunião
dos morávios em Londres, é que o pastor
Peter Boehler foi usado por Deus para
levar a plena luz da conversão, do
novo nascimento e a conseqüente
segurança da fé em Cristo para o
jovem João Wesley. Este ganhou
seu irmão Carlos para a mesma
experiência de fé. E deste modo,
pregando a salvação pela fé nos
méritos do sacrifício de Cristo,
tornou-se um ganhador de almas.
Por sinal, a primeira pessoa a
quem testificou foi um preso,
condenado à morte. Não demorou
muito quando João ganhou para Cristo
sua idosa progenitora, Susana, mãe de
19 filhos.Os metodistas e os morávios
freqüentemente se reuniram para estudo
da Bíblia e oração. O grande pregador George
Whitfield, companheiro de Wesley, que
foi tão grandemente usado por Deus
no despertamento da América, recebeu
um grande impacto em sua alma pelo
contato com os morávios. Acerca de
uma dessas reuniões escreveu Wesley
em seu diário: “Por volta das três horas
da madrugada, enquanto continuávamos
em oração, o poder de Deus desceu
intensamente sobre nós de tal forma
que muitos choraram e muitos caíram
no chão. Quando me refiz um pouco
daquele grande impacto da presença
da Majestade suprema, uníssonos
cantávamos: “Nós te louvamos, ó
Deus; nós de reconhecemos como
Senhor”. O grande líder João Wesley
formou o Metodismo, que salvou a
Inglaterra da desgraça da Revolução
Francesa. Foi o impacto do Espírito Santo
e o ensino bíblico que trouxe tão grandes
resultados espirituais no oportuno
exemplo desses irmãos morávios,
inspirando-se na Vigília dos Cem Anos.
(A Seara - Ms Lawrense Olson)
link http://paginasmissionarias.blogspot.
com.br/search/label/A%20Vig%C3%
ADlia%20dos%20Cem%20Anos
Jonathan Edwards
LIÇÕES DOS AVIVAMENTOS AMERICANOS
Alderi Souza de Matos
1. DEFINIÇÕES DE (RE)AVIVAMENTO
OU DESPERTAMENTO
· “A restauração do povo de
Deus após um período de indiferença e declínio” (K.J. Hardman).
· “A obra do Espírito Santo no sentido de restaurar o povo de
Deus a uma vida espiritual, testemunho e trabalho mais
dinâmicos, mediante a oração e a Palavra, após profundo
arrependimento por seu declínio espiritual. Os elementos
permanentes do avivamento são a Palavra, a oração, o
Espírito Santo e um Deus soberano que usa o ser humano
como seu instrumento” (E.E. Cairns).
· “Avivamento é
a reanimação daqueles que já possuem vida. No seu sentido
estrito, diz respeito ao povo de Deus. Reaviva a
vida espiritual que se encontra em um estado de
declínio. È um instrumento de evangelização” (C.E. Autrey).
· “Um movimento extraordinário do Espírito Santo que
produz resultados extraordinários” (R.O. Owens).
·
“A obra estranha e soberana de Deus na qual ele visita
o seu próprio povo, restaurando, reanimando e liberando-o
para a plenitude da sua bênção” (Stephen Olford).
·
“Um movimento do Espírito Santo que produz o reavivamento
do cristianismo do Novo Testamento na igreja de Cristo
e na comunidade que a cerca” (J. Edwin Orr).
· “A invasão
de Deus na vida de um ou mais membros do seu povo a
fim de despertá-los espiritualmente para o ministério do
Reino” (M. McDow e Alvin Reid).
2. ASPECTOS DO AVIVAMENTO
(a) O restabelecimento da verdade bíblica, de modo que
a igreja seja edificada e capacitada para a obra de Deus
em um mundo caído.
(b) A conversão ou salvação de
incrédulos; relação com o evangelismo.
(c) Avivamento
pessoal e coletivo.
3. O AVIVAMENTO NAS ESCRITURAS
(a) O princípio do avivamento está presente na Bíblia:
·
“Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti
se regozije o teu povo?” (Salmo 85.6).
· “Porque assim
diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem
o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito
também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar
o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos”
(Isaías 57.15).
· “Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer
dos anos, e no decurso dos anos faze-a conhecida”
(Habacuque 3.2).
· Outros textos: Salmo 19.7; 51.10;
103.5; Isaías 40.31; Sofonias 3.17; Romanos 12.2;
Efésios 4.23.
(b) Avivamento nos tempos bíblicos:
·
Antigo Testamento: na época de Josias (2 Reis 22-23),
de Zorobabel (Esdras 5-6) e de Neemias (Neemias 8-9, 13).
· Novo Testamento: no dia de Pentecostes (Atos 2), em
Antioquia da Pisídia (Atos 13.48-52), etc.
4.
AVIVAMENTOS NA HISTÓRIA DA IGREJA
Ao
longo dos séculos, houve muitos avivamentos na igreja
cristã, mas os precursores mais imediatos dos avivamentos
norte-americanos foram três movimentos europeus:
(a) O
Puritanismo (séculos 16 e 17)
Os puritanos foram os
calvinistas ou reformados ingleses dos séculos 16 e 17
que visavam purificar a Igreja da Inglaterra em sua teologia,
culto e forma de governo. Destacaram-se por seu grande
apego às Escrituras, preocupação com a glória de Deus,
ênfase à conversão, à vida espiritual e à santificação, e
visão integrada da vida (família, igreja e sociedade), sob
a autoridade suprema de Deus. Pressionados pelas
perseguições, milhares de puritanos foram para a
América do Norte, onde por um século procuraram
pôr em prática a sua visão para a igreja e a sociedade.
Ênfases dos puritanos:
· A centralidade de Deus –
colocavam Deus em primeiro lugar e avaliavam tudo
o mais em relação a ele. Sua vontade revelada era
o interesse supremo.
· Toda a vida é sagrada – não
faziam separação entre sagrado e secular; faziam da
busca da santidade moral e espiritual a grande preocupação da vida.
· Vendo a Deus nas coisas comuns – tudo na vida era um indicador
de Deus e um condutor da graça; Deus exerce a sua soberania
sobre todos os aspectos da vida.
(b) O Pietismo (séculos 17 e 18)
Avivamento do luteranismo alemão no final do século 17,
tendo como líderes iniciais Philip Jacob Spener (autor do livro Pia Desideria =
Desejos Piedosos) e August Hermann Francke. Ênfases:
cristianismo experimental e prático; pequenos grupos para
comunhão, estudo bíblico e oração (collegia pietatis);
importância da conversão e da vida espiritual e devocional.
Realizaram notável obra missionária, educativa e social;
influenciaram muitas pessoas e grupos em outras regiões;
acenderam a chama do avivamento na Inglaterra e no Novo Mundo.
(c) O Despertamento Evangélico Inglês (século 18)
Seus principais líderes foram o ministro anglicano-metodista
João Wesley e o pregador calvinista George Whitefield.
Iniciaram práticas como as pregações ao ar livre a grandes
auditórios. Ênfases: evangelismo de massa, produção de
hinos (Carlos Wesley, Isaac Watts), missões transculturais,
reforma social. Outros nomes: John Newton, William
Wilberforce. Alguns historiadores acreditam que o
avivamento evangélico livrou a Inglaterra de uma
revolução sangrenta como a que abalou a França (1789).
5. OS AVIVAMENTOS NORTE-AMERICANOS
5.1.
Os puritanos da Nova Inglaterra
· Plymouth (1620)
·
Boston (1630)
5.2. Convicções
(a) A soberania de
Deus na salvação
(b) A autoridade das Escrituras –
princípio regulador
(c) Ênfase na conversão e na vida
santificada
(d) Visão unificada da sociedade – igreja
e estado; áreas individual e pública
(e) Deus se relaciona
com as pessoas através de pactos – igreja, comunidade,
nação
5.3. Prosperidade e declínio
· Após as dificuldades iniciais
, os puritanos prosperaram na nova terra: vida confortável,
pouca pobreza, educação.
· Com a prosperidade veio o declínio
religioso: cristianismo nominal, apatia, mundanismo. Influência
do racionalismo europeu.
· Crises: “pacto do meio-termo” (1662);
guerra contra os índios (1675); julgamentos em Salem (1693).
·
Anseio por revitalização expresso no púlpito e nas orações.
5.4.
Precursores do avivamento
· Solomon Stoddard: pastoreou por
60 anos a Igreja Congregacional de Northampton, Massachusetts;
“colheitas” de almas em 1679, 1683, 1696, 1712, 1718.
·
Theodore Frelinghuysen: chegou a Nova Jersey em 1719 vindo
da Holanda; foi influenciado pelo pietismo alemão. Ênfases:
pregação, conversão, Ceia somente para os convertidos,
reuniões devocionais.
· Esses avivamentos iniciais foram limitados
geograficamente, servindo de preparação para um evento muito
mais amplo.
6. O PRIMEIRO GRANDE DESPERTAMENTO
Três grandes pregadores:
(1) Jonathan Edwards (1703-1758)
·
Neto de Solomon Stoddard; seu auxiliar de 1727 a 1729 e
depois pastor titular da Igreja de Northampton.
· 1734 –
série de sermões sobre a justificação pela fé e avivamento
em Northampton.
· Tornou-se um observador e defensor
dos avivamentos, escrevendo diversas obras importantes
sobre o assunto.
· 1750 – foi afastado da igreja por insistir
que somente pessoas convertidas deviam participar da
Ceia do Senhor
· Trabalhou no oeste do estado como
pastor dos colonos e missionário entre os índios.
·
Morreu pouco após tornar-se presidente do Colégio de
Nova Jersey.
(2)
Gilbert Tennent (1703-1764)
·
Pastor presbiteriano de Nova Jersey.
· Estudou no
“Colégio de Toras”, o primeiro seminário presbiteriano
norte-americano, dirigido por seu pai.
· A partir de 1726,
foi influenciado por Theodore Frelinghuysen, de quem
aprendeu sobre evangelização e assistência pastoral.
·
Sermão mais conhecido: “O perigo de um ministério
não convertido” (1740).
(3)
George Whitefield (1714-1770)
·
Pregador calvinista inglês, ministro da Igreja Anglicana, iniciador do
avivamento evangélico inglês ao lado do colega John Wesley.
·
Realizou famosa campanha evangelística nas colônias centrais,
no sul e na Nova Inglaterra (1739-1740), que marcaram o
auge do Primeiro Grande Despertamento.
· Foi o primeiro
evangelista moderno a pregar a grandes multidões ao ar
livre em campos e praças públicas.
· Sua pregação era
doutrinária, bíblica e fervorosa, sem apelar ao emocionalismo.
7. JONATHAN EDWARDS (1703-1758)
· 1726 – pastor assistente
do avô, Salomão Stoddard, em Northampton
· 1727 – casa-se
com Sarah Pierrepont
·
1729 – com a morte do avô, torna-se pastor titular da igreja
· 1734 –
sermões sobre justificação pela fé e avivamento local
· 1740 – auge
do 1º Grande Despertamento (George Whitefield)
· 1750 – dispensado
da sua igreja devido a controvérsia sobre a Santa Ceia; trabalha entre
colonos e índios em Stockbridge
· 1758 – morre um mês após assumir
a presidência do Colégio de Nova Jersey (Princeton)
7.1. Obras sobre
o avivamento
· Uma Luz Divina e Sobrenatural (1734) –
sermão baseado em Mt 16.17.
· Fiel Narrativa da Surpreendente Obra de Deus ou Narrativa de
Conversões Surpreendentes (1736) – análise dos eventos ocorridos
em Northampton e região.
· Marcas Distintivas de uma Obra do
Espírito de Deus (1741) – sermão pregado no Colégio de Yale;
trata do avivamento mais amplo.
· Alguns Pensamentos acerca do
Presente Reavivamento da Religião na Nova Inglaterra (1742) –
desenvolve os argumentos da obra anterior.
· Tratado sobre as
Afeições Religiosas (1746) – obra mais madura sobre a experiência
do avivamento; baseada numa série de sermões sobre 1 Pe 1.8.
7.2.
Três grupos quanto ao avivamento
· Velhas Luzes – opunham-se a
formas não-tradicionais de culto e criticavam os excessos
emocionais (Charles Chauncy)
· Extremados – ênfase no
emocionalismo (James Davenport)
· Novas Luzes –
posição intermediária entre as anteriores; viam muitos
elementos positivos nos avivamentos (Edwards e outros)
7.3.
Princípios bíblico-teológicos
· Fundamento – as Escrituras e a fé
reformada.
· Ponto de partida – o Deus soberano em sua majestade,
graça e glória.
· Critério principal – Quem está no centro das atenções:
Deus ou o ser humano?
· Senso de incapacidade, pecaminosidade
e dependência de Deus.
· A atuação imprescindível do
Espírito Santo.
· Crítica das teorias de salvação que dão
ênfase às obras humanas ou à capacidade humana.
7.4.
Conhecimento experimental de Deus
· A necessidade de
conversão.
· A fé simplesmente intelectual não é suficiente.
· Necessidade de entendimento e sentimentos (luz e calor).
· A importância dos “afetos” ou “afeições” na vida espiritual.
· Dois erros no avivamento: (a) mero emocionalismo; (b)
ênfase não a Deus, mas às respostas humanas a Deus.
· O conhecimento de Deus deve ser sensível, experimental,
afetivo.
7.5. Edwards e o avivamento
· A importância e
necessidade do avivamento.
· Consciência de desvios,
excessos e até manifestações satânicas.
· Esses problemas
não invalidam os aspectos positivos.
· Critérios de autenticidade –
“frutos visíveis”:
- convicção de pecado
- seriedade nas coisas
espirituais
- preocupação com a glória de Deus
- apego às
Escrituras
- mudança no comportamento ético
-
relacionamentos transformados
- influência regeneradora
na comunidade
Essa obra de Deus, à medida que se multiplicou
o número dos verdadeiros santos, logo produziu uma gloriosa
transformação na cidade, de modo que na primavera e verão
seguintes (ano de 1735), a cidade parecia estar cheia da
presença de Deus. Ela nunca esteve tão cheia de amor e
de alegria, e no entanto tão cheia de angústia, como
esteve então. Houve notáveis sinais da presença de
Deus em quase todos os lares. Foi uma ocasião de
alegria nas famílias por causa da salvação que chegou
até elas... Mais de 300 almas foram levadas a Cristo
de modo redentor, nesta cidade, no espaço de meio ano...
Eu espero que a grande maioria das pessoas da cidade,
acima de dezesseis anos, tenham agora o conhecimento
salvador de Jesus Cristo. (Fiel Narrativa)
Fiquemos todos
advertidos de que de modo algum devemos nos opor ou
fazer qualquer coisa, por pequena que seja, para sufocar
ou impedir a obra que ultimamente tem ocorrido nesta região,
antes, pelo contrário, façamos o máximo para promovê-la
. (Marcas Distintivas)
7.6. Efeitos do Primeiro Grande
Despertamento
1. Crescimento das igrejas
2. Reflexão bíblica e teológica
3. Ênfase em missões e educação
4. Liberdade política e religiosa
8. O SEGUNDO GRANDE DESPERTAMENTO
1
. Avivamento mais importante da história dos Estados Unidos
2.
Conjunto de despertamentos regionais de norte a sul (c. 1795-1840)
3.
Atingiu tanto a fronteira (oeste) quanto as zonas urbanizadas do leste
4.
Surgimento dos acampamentos evangelísticos (“camp meetings”),
como o
de Cane Ridge (Kentucky), sob a liderança de Barton Stone (1801)
5. Norte do Estado de Nova York – “o distrito calcinado”
8.1. Líderes mais destacados
1. Francis Asbury (1745-1816)
· Discípulo de João Wesley, chegou aos EUA em 1771
· Viajou extensamente e organizou a Igreja Metodista (1784)
· Enviou pregadores itinerantes (“circuit riders”) por todo o país
· Foi o homem mais conhecido do seu tempo
2. Charles G. Finney (1792-1875)
· Mais famoso avivalista da sua geração
· Rompeu com o seu
presbiterianismo de origem e abraçou o arminianismo
· Criou e divulgou técnicas de avivamento ou “novas medidas”
(apelos, “banco dos ansiosos”, séries de conferências)
· Exerceu grande influência sobre o evangelicalismo
e o pentecostalismo
3. Outros personagens
· Timothy Dwight (1752-1817):
neto de Jonathan Edwards; presidente do Colégio de Yale;
avivamento entre os estudantes em 1802.
· Asahel Nettleton
(1783-1844): pregador calvinista de Connecticut; testemunhou
milhares de conversões; rejeitava os métodos de Finney.
9. DIFERENÇAS ENTRE O 1º E O 2º DESPERTAMENTOS
1. O primeiro foi liderado por congregacionais, anglicanos
e presbiterianos (Jonathan Edwards
, George Whitefield, Gilbert Tennent); o segundo por metodistas,
batistas e discípulos de Cristo.
2. O primeiro foi marcado por uma teologia calvinista,
reformada (ênfase na soberania de Deus);
o segundo por uma teologia arminiana (ênfase na escolha, iniciativa e decisão humana).
3. O primeiro atingiu fortemente os congregacionais da
Nova Inglaterra e os presbiterianos das colônias centrais;
o segundo produziu um crescimento fenomenal dos
metodistas e batistas.
4. O segundo produziu efeitos
mais amplos e duradouros que o primeiro, tais como
o surgimento das “sociedades voluntárias”, organizações
permanentes que visavam evangelizar e reformar os Estados Unidos.
10. SOCIEDADES VOLUNTÁRIAS (“O IMPÉRIO BENEVOLENTE”)
1. Junta Americana de Missões Estrangeiras (1810)
2. Sociedade Bíblica Americana (1816)
3. Sociedade Americana de Colonização (1816)
4. União Americana das Escolas Dominicais (1824)
5. Sociedade Americana de Tratados (1825)
6. Sociedade Americana de Educação (1826)
7. Sociedade Americana para a Promoção da Temperança (1826)
8. Sociedade Americana de Missões Nacionais (1826)
11. O TERCEIRO GRANDE DESPERTAMENTO
1. Começou no Canadá e se estendeu à região leste dos EUA (1857-1859)
2. Ocorreu numa época de grave crise política e econômica
3. Concentrou-se em reuniões de oração realizadas em muitos locais
4. Foi liderado por leigos como a pregadora Phoebe Palmer
(1807-1874)
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