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quinta-feira, março 3

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Entrevista com Edméia Williams

Nesse fim de semana, tivemos conosco a especialíssima presença da missionária Edméia Williams, que nos abençoou tremendamente.
Edméia Williams nasceu em Santarém do Pará onde é formada em pedagogia , filosofia , psicologia e música . Mais tarde, fez o curso de Liderança Cristã pelo Instituto Haggai, em Cingapura e Missiões, no Celly Oak Collage , na Inglaterra.
Edméia fundou e preside o projeto “A Casa de Maria e Marta”, que existe há 17 anos no Morro Dona Marta, Botafogo na cidade do Rio de Janeiro, e que é mantida com doações voluntárias. Ela também é presidente do Ministério Atos 29. Acima de tudo, uma serva do Senhor.
A missionária Edméia, além das pregações que realizou na IMC, concedeu uma entrevista exclusiva para o nosso site da Mocidade de J.E.S.U.S. E a entrevista foi tão abençoada e interessante, que vamos dividi-la em duas partes. Na primeira, ela conta detalhes do seu impactante e impressionante ministério e opina sobre a manifestação de Deus no Brasil. Não perca a segunda parte, que irá ao ar na semana que vem!

1) Como nasceu o projeto que você desenvolve no morro da Dona Marta?
O projeto começou com um desejo que eu tinha de ter um coral de crianças de favela, pra levar nas igrejas e eles ministrarem. Eu queria que eles se sentissem aceitos na igreja pra começar uma restauração na vida de cada um através do corpo de Cristo. Então, eu comecei esse projeto com um grupo de crianças mesmo. Eu ia lá pra praça na frente do morro, ficava cantando com um violão, levava sanduíche e suco de maracujá. E eles começaram a vir e eu comecei a dar esses lanchinhos, conversar com eles e cantar com eles. Aí um dia, um dos meninos – chamado Rodrigo – não veio. E eu perguntei por ele pros seus irmãos e eles disseram que ele estava com muita dor de garganta e febre em casa. E eu perguntei: “A gente não pode ir lá não?”. E eles responderam: “A senhora vai mesmo?”. E eu tava louca pra subir a favela. Aí eles me levaram e nunca mais eu desci.
Então, lá eu passei a encontrar as crianças de baixo de um pé de jaca. Depois, comecei um grupo de oração com as mães deles. E depois Deus me mostrou naquela passagem de Eliseu e a sunamita que o profeta tem que se misturar com aquele que ta morto, pra poder levar o calor dele, a visão dele.
Foi aí que eu comprei o primeiro barraco, que acabou caindo. E Deus abriu as portas, eu construí outro, e, hoje, tenho esse projeto com 150 crianças, 8 funcionários e é uma benção!

2) E como funciona o projeto?
A maioria das mães, em uma favela, são mães solteiras. Então, elas tem que suprir o barraco delas, os filhos, as necessidades. Assim, quando elas têm a criança, elas põe numa das creches lá em baixo. Elas levam de manhã, vão trabalhar e pegam de tardinha. Só que quando a criança faz 5 anos, ela não pode mais ficar na creche e vai ser a primeira vez que ela vai ficar sozinha em casa um período inteiro do dia. E nesse período, ela vai começar a ser apresentada às coisas da favela, vai provar, vai ver os “titios” que empunham as armas. E criança que não tem pai é louca pra ter pai. E quando ela vê aquele poderio naquele homem com arma, cheio de dinheiro na mão, elas ficam maravilhadas. E aí elas começam a receber um afago, um picolé, uma notinha de 2 reais, e começam a fazer maldades, esconder coisas pra eles, vão se tornando “aviãozinho”, vão pra “boca de fumo” assistir filme no telão, vão aprender como se monta uma arma ou granada. E a mãe já não pode mais se opor, porque senão a vida dela fica em risco. E uma criança dessas com 8 ou 9 anos, na escola, é bandida e não tem retorno. Ela não quer mais assistir aula.
Então, eu entrei nessa creche e, quando a criança atinge essa idade limite e sai dela, ela vai pra “Casa de Maria e Marta”. Ela desce de manhã com a mãe e vai lá tomar café. Os que estudam de manhã, vão e retonam depois. Para os que ficam lá, oferecemos reforço escolar, computação, música, ensino religioso, dança e tudo. Quinze pra meio dia, nós começamos a servir o almoço. Eles comem, tomam a sobremesa e descem pro colégio. Os que estavam no colégio sobem, e vão fazer as mesmas coisas que os demais fizeram pela manhã. Lá pelas quatro horas, servimos o grande lanche da tarde. E quando as mães chegam, está na hora das crianças saírem.
Com isso, nesses 17 anos, eu nunca perdi uma criança pros bandidos. Nenhuma delas se tornou prostituta. O morro de Dona Marta saiu da lista das favelas violentas, acabaram os centros de macumba, aumentou o número de denominações evangélicas. Todas as minhas crianças participam dos grupos de louvor das igrejas, porque aprendem na “Casa de Maria e Marta”. Do morro de Dona Marta não se levanta mais bandido. Todos são trazidos de fora.
E assim, eu vi um resultado que não pensei que ia viver pra ver. Mas Deus, pela sua misericórdia, me mostrou.

3) Qual a diferença entre o projeto “Atos 29” e a “Casa de Maria e Marta”?
“Casa de Maria e Marta” é o projeto e “Atos 29” é o nome do ministério. “Atos 29” não é registrado, nem nada disso. É simplesmente fruto dos meus questionamentos a Deus com relação a direção do meu ministério. Ele disse simplesmente: “Continue os atos dos apóstolos”. E Ele me mostrou que, no livro de Atos, Lucas coloca a saudação inicial, mas não coloca a saudação final. Então, se ele não encerrou Atos, é pra gente continuar. Assim, Atos 29 significa uma continuação do ato apostólico, já que o livro de Atos é composto por 28 capítulos. É um trabalho de toda a igreja com pregação da Palavra, na unção do Espírito Santo, seguindo exatamente o que está escrito na Bíblia, sem diversificar, e olhando para os pobres. E a “Casa de Maria e Marta” é a expressão do trabalho de Atos.

4) Você fez quatro cursos e estudou um bocado. Estamos em época de vestibular aqui na nossa cidade, na próxima semana. Como você vê a importância dos estudos na vida dos jovens e dos adolescentes?
É imprescindível. Se você olhar o discurso desses homens que Deus chamou, você vê. O Senhor preparou Moisés na melhor escola da época que era no Egito, e conheceu a ciência, a matemática, física, química... Tudo que tinha de mais avançado daquela época, Moisés aprendeu. Paulo falava grego, hebraico, aramaico, latim, era aluno de Gamaliel, conhecia perfeitamente a lei. Esses e tantos outros exemplos foram pessoas que estudaram muito. Quanto mais você estudar, melhor! Não me venha com essa que não precisa estudar... precisa sim!
Hoje em dia, existe um campo aberto como missionário no Oriente Médio. Quem é médico, enfermeiro, engenheiro, dentista tem campo aberto para evangelizar. Então, para com essa que é missionário e vai fazer Missiologia. Vá estudar e depois você faz a Missiologia. O estudo será uma ferramenta para Deus abrir as portas para você. Vá com tudo! Faça sua faculdade, e faça bem. Leia tudo, saiba tudo, aprenda tudo, e vá!

5) Como você vê o mover de Deus na nação brasileira?
Existe no Brasil um grande despertamento pro Evangelho. Mas a Bíblia diz que o pastor entra pela porta da frente, mas o salteador pula o muro. Jesus disse que o homem plantou boa semente no seu campo, mas a noite, enquanto dormia, veio inimigo e plantou semente errada. Então, eu vejo que a igreja do Brasil dormiu, ficou sossegada, e daí veio o inimigo e plantou uma semente ruim, que vem crescendo junto com os filhos de Deus. E essa semente é esse evangelho da prosperidade, esse Cristianismo sem cruz, essa graça barata... a igreja se transformou em um oba-oba. Nós sabemos que tem uma igreja no Brasil, mas o pessoal pensa que avivamento é fazer barulho. Eu costumo dizer que quanto mais vazia uma lata estiver, mais barulho ela faz. Essa mania de barulho, oba-oba e inovações são tudo um apelo para se ter igreja cheia e que, na maioria das vezes, fica inchada. E Jesus Cristo não veio buscar uma noiva inchada, mas vem buscar uma noiva santa. Essa noiva santa está no Brasil, mas o que chama atenção é a igreja gorda.
O que está faltando para nós é uma “dieta”. Faltam pessoas que deixam de comer o que não presta do mundo pra se fixar. Deus quer fazer essa obra no Brasil, mas Ele quer fazer uma obra conjunta. Tem aquela história de 3 reis que foram pra guerra e, no final de 7 dias, não tinham mais água nem pra beber, e, então, foram atrás do profeta Eliseu. E ele lhes disse pra cavarem covas e covas e que eles não ouviriam barulho nem de vento e nem de chuva, mas aquelas covas se encheriam de água, e beberiam eles e o seu gado. E é isso. Deus faz um trabalho conjunto. Nós abrimos as covas e Deus enche de água. Precisamos que essa igreja santa do Brasil abra covas de fervente oração... uma oração apaixonada! E o Senhor encherá de água do Seu Espírito.


ENTREVISTA REALIZADA EM ÁUDIO POR: Gleydison Andrade
TRANCRIÇÃO DO ÁUDIO PARA ESCRITA: Marcelo Barros

Extraído: http://www.mocidadedejesus.com.br/wp-content/themes/mocidade/noticia-antiga.php?id=204

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"NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM. Êxodo 20:2

Pois os costumes dos povos são vaidade. O ídolo é apenas um madeiro que se corta do bosque, obra das mãos do artífice que o trabalhou com o machado.
Enfeitam-no com prata e com ouro; com pregos e a marteladas o firmam, para que não se abale.
São como o espantalho num pepinal, e não falam; necessitam de serem carregados porque não podem dar passo. Não tenhais medo deles; porque não podem fazer o mal, nem está neles o fazer o bem.
Jeremias 10:3-5

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