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sábado, março 16


Conferência Missionária encoraja a igreja a lutar pelas crianças

A Igreja Batista do Povo realiza anualmente a Conferência Missionária, um tempo de conscientização do Corpo de Cristo para aquilo que realmente importa: os perdidos.

Em 2011, a edição que sempre é realizada no mês de setembro foi antecipada para os dias 06 e 07 de agosto com o tema “Crianças do mundo todo: quem levará o evangelho a elas?”.
O preletor convidado, desse final de semana especial, foi o Pr. Timothée Paton, que esteve pela segunda vez na IBP. Missionário francês, ele está há 12 anos no Camboja, localizado no sudeste da África, trabalhando com crianças de rua.
Na abertura da Conferência, no sábado, a líder do Ministério de Missões, Raquel Designe, levou a todos uma palavra de encorajamento para que todos doem o seu tempo em favor de outras vidas, como o Bora Crianças – trabalho com crianças que moram em abrigos e CRECAS realizado pelos jovens da igreja.
Pr. Timothée contou sobre quando Deus o chamou para deixar seu país e seguir para o Camboja. “O Senhor colocou um amor muito grande pelas crianças que nem conhecia e me direcionou a esse país destruído pela Guerra Civil por 30 anos”, lembra.
Segundo ele, existe um homem descrito apenas em dois versículos, em 2 Samuel 23. 11-12, e que pode ser considerado um herói da fé: Sabá, que foi o único a permanecer no campo de lentilhas, enquanto todos fugiram e combateu um exército inteiro sozinho.  “Deus chama pessoas que, assim como Sabá não param por nada no seu campo de lentilha”, afirma.
No domingo, no Culto de Celebração das 8h, Paton falou sobre a importância de se levar o evangelho às crianças, pois 85% das pessoas que entregam suas vidas a Jesus fizeram-na entre 04 e 14 anos.
Pr. Timothée afirma que ninguém é tão novo que não possa receber Jesus. “Quando uma criança aceita a Jesus não é só o seu coração que aceita, mas toda a sua vida. Faça delas a prioridade em sua igreja”.
Metade da população no Camboja está abaixo de 18 anos. Para alcançar essas vidas, foi criado o projeto Bong Paoun (Grande irmão, pequeno irmão no idioma khmer) que tem como objetivo tirar as crianças da rua, colocá-las na escola e levá-las à igreja, na capital do país, Phnom Pehn. “Atualmente existem 20 mil crianças nas ruas. Não deixaremos a capital enquanto as crianças não saírem dali”, comenta.
A mensagem foi baseada em Atos 3. 1-8, sobre um coxo que foi curado pelo Senhor na porta do templo, chamado Formosa. “Existem países que estão mendigando para falarmos de Jesus. Existe um mendigo que te espera à porta do templo, gaste tempo como Pedro e João em favor dessas vidas”, finaliza.
No culto de celebração, às 10h, o Coral Infantil e todo o Kidscípulos adoraram ao Senhor, tendo até um elogio do Pr. Timothée: “Foi o melhor que ouvi no Brasil”.
Ele comentou que no projeto Bong Paoun existe um incentivo para que cada adulto ajude até quatro crianças durante toda a vida a saírem das ruas, irem à escola e à igreja.
Baseado em 2 Reis 6. 24.30, Pr. Timothée contou que só se encontra a vontade de Deus quando o coração é rasgado diante dEle. “Deus procura homens e mulheres que tenham um coração quebrantado pelo resto de suas vidas. O Senhor vai te usar, conhece todos os seus problemas e mesmo assim Ele vai te usar”, encoraja.

No quarto e último culto da Conferência Missionária, Pr. Timothée comentou sobre o grande genocídio no Camboja, no final dos anos 90. “Tentaram destruir as poucas igrejas no país, mas não conseguiram. Hoje temos mais de seis mil igrejas evangélicas”.
Um forte clamor pelas crianças no mundo todo foi conduzido por ele e o Pr. José Almeida, que esteve o acompanhando.
A mensagem foi baseada em João 6. 1-12, que conta a história da multiplicação dos pães e peixes. “Essa história contamos para crianças na Escola Dominical, mas todos nós somos crianças”, lembra.
Um rapaz deu tudo que tinha, 5 pães e 5 peixes, ao Senhor Jesus. “Deus nos dá pães e peixes, pois cada um tem o seu dom”, afirma Pr. Timothée.
O pastor estimulou a igreja a não guardarem os seus dons dentro dos cestos, mas que usem para a Glória do Senhor. “Muitas pessoas escutam o evangelho o tempo todo, mas existem muitas vidas que nunca ouviram falar de Jesus. Isso não é justo”, comenta.
Ele ainda disse à igreja que muitos criticam e comparam o cesto dos outros, mas que Deus está interessado no cesto de cada um. “Não guarde o seu pão e o seu peixe dentro do cesto. Deixe Deus te usar”.
No final, Pr. Ivêner Soler se lembrou de alguns ministérios existentes na igreja que as pessoas podem se envolver, como o Sopão e Café da Manhã para moradores de rua, as visitas nos CRECAS e abrigos infantis, entre outros.
  • Se você é vocacionado e deseja se envolver, preencha os seus dados clicando aqui.


Confira abaixo uma entrevista especial com Pr. Timothée Paton:
Boa Palavra: Como foi o seu chamado?
Pr. Timothée Paton: Em 1998, quando era pastor em uma igreja na França, Deus me deu um chamado e me direcionou a orar pelas crianças no mundo todo. Em um ano, arrumei minha mala, deixei tudo que tinha e fui para o Camboja. 
BP: Por que trabalhar com crianças no Camboja?
Pr. Timothée: Aceitei a Jesus com quatro anos e queria abençoar outras crianças como Deus me abençoou. Elas estão sempre com coração aberto e isso se torna mais fácil para receberem a Jesus na infância.
BP: O que fez quando chegou ao país?
Pr. Timothée: O Camboja falava o francês antigamente, mas depois perderam o costume. Tive que estudar, por dois anos, o khmer, a língua oficial do país e que é muito difícil. Depois, ganhamos de uma igreja um ônibus com 46 assentos. Tiramos todos os lugares e instalamos banheiro, cozinha e sala de aula. Pegávamos as crianças da cidade e cuidávamos dela. Eu cortava as unhas das crianças que chegavam e fiz isso por três anos e, com o convívio, aprendi mais o idioma.
BP: Quais foram as estratégias de Deus?
Pr. Timothée: Depois do ônibus, conseguimos uma casa e acolhíamos crianças, mas meu coração não estava satisfeito. Tínhamos 20 mil crianças nas ruas de Phnom Pehn, a capital do país. Não tínhamos voluntários, então pagávamos pessoas, pois, caso contrário, não iríamos alcançar as crianças.
Em oração, pedi uma estratégia e Ele me respondeu. Existiam 400 igrejas no país e fui à maioria delas para incentivar pessoas de todas as idades a buscarem crianças catadoras de lixo e levá-las para a igreja. Esse projeto recebeu o nome Bong Paoun (Irmão mais velho, Irmão mais novo, em khmer), os bongs são os voluntários e os paouns são as crianças.
BP: Como é realizado o trabalho?
Pr. Timothée: Cada paoun é cuidado por um bong. Ficamos bem unidos e cada um ajuda em três áreas: tirar do trabalho nas ruas, levar para a escola e também para a igreja. Antes não tínhamos um acompanhamento, mas hoje vivenciamos a vida de cada criança para garantir que elas estão nas três áreas. Sou bong e cuido de três paouns, dois meninos e uma menina, tenho que encorajar os demais com as minhas atitudes.
BP: Quais são as suas impressões sobre o Brasil?
Pr. Timothée: Eu sabia que aqui no Brasil havia crianças de rua, mas as daqui são bem mais violentas do que as do Camboja. Sabia também que tinham muitas e muitas igrejas e acho até que, por ser assim, deveria ser o país campeão no envio de missionários. Muitos ficam no sofá vendo as tragédias que acontecem e não fazem nada. As pessoas não querem saber de missões, porque não têm sido encorajadas a pensar no próximo.
BP: Deixe uma mensagem para a nossa igreja.
Pr. Timothée: A Igreja Batista do Povo faz parte da minoria das igrejas, pois pensam em missões. Se mandarem missionários não só no Brasil, mas também para fora, não importa quem seja ou onde esteja, essa igreja vai crescer e pensar como a minoria.

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