O princípio da autoridade - GEREMIAS DO COUTO
Infelizmente, porém, hoje o que mais se vê, em todos os segmentos, é a quebra deste princípio, que proporciona ao diabo a oportunidade de impor a sua filosofia, tornando frágil a autoridade. Ele atua minando o poder de comando por meio da desagregação. Fragmenta para poder agir livremente. Bem disse o Senhor: “Todo reino dividido contra si mesmo é devastador, e toda a cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá”, Mateus 12.25.
Como filho de pastor, que cresceu vendo as venturas, mas também as aflições do pastoreio, lembro-me do que um "irmão", ao questionar a autoridade pastoral, afirmou certa vez: "A melhor forma de se derrubar um pastor é semear a discórdia na Igreja". Não é isso uma tentativa diabólica de minar o princípio da autoridade? Não é assim que, para a nossa mais amarga tristeza, muitos estão agindo pelo Brasil afora? 'Não é esse o espírito que predomina em alguns ambientes convencionais?
Se, no mundo, o efeito da quebra da autoridade é a ruína de todo o sistema, imagine quando isso ocorre na Igreja? O resultado é catastrófico. É óbvio que não se está, aqui, pregando o autoritarismo, o regime ditatorial, o absolutismo. A autoridade, em regimes democráticos, é consentida e aceita como tal, enquanto que, na Igreja, advém do próprio Deus, que, mediante princípios escriturísticos bem assentados, faz com que ela – a Igreja – reconheça sua origem e consinta na submissão a essa autoridade.
É dessa perspectiva que se estabelece qualquer relação entre os que exercem a autoridade na Igreja e os que a ela se submetem. É a partir daí que também se assentam todas as conexões com seus órgãos representativos, ainda que estes não sejam necessariamente a Igreja, no estrito sentido do termo. Apenas para exemplificar, se uma decisão é tomada no nível da igreja local, do ministério regional ou da convenção estadual quanto ao caminho que será trilhado na escolha dos novos líderes do órgão máximo nacional, e alguém resolve incitar os liderados a se insurgirem contra o que foi consensualmente decidido, aí está a quebra da autoridade, aí está a síndrome de Lúcifer, aí está o pecado de rebelião.
Muitos almejam a autoridade, mas não sabem submeter-se a ela. Insuflam a rebelião para tirar proveito da desagregação provocada e, quando assumem posição de comando, o seu dedo mínimo é mais pesado que os lombos dos que o antecederam. Todavia, o caminho para se obter a verdadeira autoridade, na obra de Deus, é o da submissão à autoridade que Deus estabeleceu. É o da prestação de contas a quem está sobre nós. É o da presunção de que quem nos governa, na Igreja e em seus órgãos representativos, ali está porque Deus lhe deu essa autoridade.
Esse é o padrão de autoridade na Igreja.
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