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segunda-feira, outubro 28

Comissão da ONU ouve histórias ‘chocantes’ sobre violações dos direitos humanos na Coreia do Norte

Ex-prisioneiros, oficiais militares e uma vítima de tráfico humano compartilharam testemunhos “chocantes” com um painel das Nações Unidas em Londres, Inglaterra, no último dia 23 de outubro, denunciando as violações de direitos humanos ocorridas na Coreia do Norte.
A Comissão de Inquérito da ONU sobre os Direitos Humanos na Coreia do Norte, chefiada pelo australiano Michael Kirby, ouviu depoimentos de quatro norte-coreanos sobre como eles foram submetidos à tortura, violência sexual e fome.
A primeira das quatro testemunhas foi Kim Song Ju, preso na Coreia do Norte por ter cruzado a fronteira do país com a China. Segundo ele, os presidiários são constantemente submetidos a tratamentos humilhantes, condições de vida “insuportáveis” e espancamentos sistemáticos.
Kim lembrou que as celas tinham 50 centímetros e os guardas mandavam os presos “engatinharem para suas celas como animais”. Ele explicou que as cavidades dos corpos dos presidiários eram frequentemente submetidas à investigação à procura de dinheiro. “Essas procuras também foram feitas em grupos de mulheres, que eram forçadas a se agacharem nua com as mãos amarradas atrás das costas.”
Já Park Jiyhun contou que ela teve que fugir de seu país, pois seu irmão era vítima de perseguição do governo. Para completar a fuga, ela teve que atravessar um rio congelado até chegar à China e acabou sendo vendida para um apostador e ficando grávida de um menino.
Segundo a norte-coreana, ela tinha duas opções: ou deixava o filho com o marido ou fugia com ele de volta à Coreia do Norte sabendo dos riscos que o garoto corria. Jiyhun decidiu voltar sozinha ao seu país de origem e foi colocada em um campo de detenção para fazer trabalhos forçados. “Eu era um cadáver ambulante”, lembrou.
Ela acabou conseguiu retornar à China e encontrar seu filho, que para seu alívio não tinha sido vendido ou doado pelo ex-marido. De lá, ela foi para Londres, onde está agora em busca de cidadania.
O ex-soldado Choi Jong Hwa recontou histórias de execuções públicas que testemunhou quando ainda tinha nove anos e frequentava a escola. “Nessas execuções não havia advogados ou procedimentos legais. As pessoas simplesmente foram executadas depois de terem dito o que tinham feito”, lembra.
Choi também compartilhou experiências pessoais de fome que o obrigaram a roubar comida de civis. Durante a “grande fome”, que começou em 1994, Choi contou como seus três irmãos morreram desnutridos. “Eu realmente pensei que poderia viver decentemente se eu tentasse duro”, disse ele. “Mas quando eu enterrei três dos meus irmãos, eu senti que algo estava terrivelmente errado”, recordou.
A quarta e última testemunha, Kim Joo-Il, é um ex-soldado do exército da Coreia do Norte e falou sobre as violações dos direitos humanos cometidas no serviço militar e a corrupção relacionada às estritas rações alimentares. “Os oficiais impiedosamente nos tiravam a comida”, lembrou.
Notando que havia cerca de 600 norte-coreanos fugidos para o Reino Unido, Kim disse que um capitão do exército encarregou-o de prender os desertores. No final, o próprio Kim abandonou o exército e fugiu para Londres, onde atualmente atua como presidente da Associação de Moradores Norte-Coreanos no Reino Unido.
As audiências em Londres foram as primeiras realizadas por um organismo independente da ONU no país. Até agora, a Comissão de Inquérito ouviu depoimentos de cerca de 65 testemunhas durante audiências públicas e recebeu cerca de 200 comunicações confidenciais.
Outras audiências já foram realizadas em Seul, na Coreia do Sul, e em Tóquio, Japão, no final de agosto. Segundo o presidente da comissão, os testemunhos ouvidos em Londres serviram para compreender melhor o que está acontecendo na Coreia do Norte, cujo governo não permite a entrada do grupo.
A comissão agora deve viajar para Nova York, nos Estados Unidos, para atualizar a Assembleia Geral da ONU sobre as audiências e realizar novas investigações, indo em seguida para Washigton. O grupo deve apresentar suas conclusões em um relatório para a Comissão de Direitos Humanos da ONU em março do ano que vem.

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